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quarta-feira, 6 de abril de 2011

CUT NACIONAL 7 de abril, Dia do Jornalista

BOLETIM INFORMATIVO DA OPOSIÇÃO SINDICAL CUTISTA MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO


AMANHÃ SERÁ COMEMORADO O DIA DO JORNALISTA






CUT NACIONAL 7 de abril, Dia do Jornalista

06/04/2011

Profissionais são elemento chave na luta pela democratização da comunicação

Escrito por: Leonardo Severo


“A CUT comemora o 7 de abril, Dia do Jornalista, reiterando o papel chave destes profissionais na luta pela democratização da comunicação, numa construção plural que garanta adiversidade de opiniões existentes em nossas sociedade e não sirva apenas aos interesses meramente mercantis dos barões da mídia”, declarou a secretária nacional de Comunicação da Central, Rosane Bertotti.

Representante da CUT na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Rosane Bertotti lembra que a luta contra os monopólios e oligopólios midiáticos está na ordem do dia de todas as entidades do movimento popular.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os Sindicatos da categoria estão aproveitando a data para ampliar a mobilização pela aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que restabelecem a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. Recentemente, em audiências com os presidentes do Senado e da Câmara, e na reunião com parlamentares das duas Casas, os jornalistas fortaleceram a perspectiva de votação das propostas sobre o tema no Congresso Nacional ainda no mês de abril.


Manifesto -
FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas
Valorizar a profissão de jornalista para valorizar a sociedade

Jornalistas do mundo inteiro, de paí­ses ricos ou pobres, de paí­ses mais ou menos democráticos, trabalham para levar à sociedade um bem precioso: a informação. Nesta tarefa - que a cada dia ganha mais importância e cria mais influência no metabolismo social - a atividade profissional do jornalista produz interpretação da realidade, indução de intenções, vontades, comportamentos e valores. Em cada sociedade, os jornalistas ajudam a produzir cultura, a constituir ou a desconstituir movimentos coletivos, a legitimar ou questionar as relações de poder estabelecidas. São, portanto, profissionais que cumprem uma relevante função social.

Neste dia 7 de abril, dedicado a homenagear o profissional jornalista, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e os Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil chamam a atenção da sociedade brasileira para a necessidade imperiosa de valorização da profissão e do profissional jornalista. Tal valorização, necessária em função dos constantes ataques que a profissão tem sofrido em nosso paí­s, beneficia não apenas os profissionais, mas toda a sociedade. Não há democracia sem liberdade de imprensa e não há liberdade de imprensa sem jornalistas.

A valorização do profissional jornalista passa pela valorização de todos os trabalhadores, a partir de polí­ticas de defesa dos direitos trabalhistas e da garantia de condições de trabalho adequadas, que incluam emprego, salários dignos, proteção à saúde e relações trabalhistas respeitosas. Mas esta valorização precisa, também, atender às especificidades da profissão.

A profissão dos jornalistas tem sido, nos últimos anos, a mais atacada no Brasil e em muitos outros paí­ses de mundo. Um movimento mundial dos grandes conglomerados de mí­dia quer desregulamentar a atividade profissional nos paí­ses onde ela é regulamentada e impedi-la onde ainda é inexistente.

No Brasil, a regulamentação da profissão, uma conquista de quase 70 anos, está ameaçada por uma decisão judicial que elimina a exigência da formação de ní­vel superior para o exercí­cio do jornalismo. A decisão, de apenas uma juí­za, está em vigor desde outubro de 2001, apesar do recurso interposto pela FENAJ. Inexplicavelmente, o recurso ainda não foi julgado pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo - 3º Região, no qual tramita a ação que tenta desmontar a regulamentação profissional, tirando-lhe um de seus pilares: a necessidade de uma sólida formação teórica, técnica e, especialmente, ética.

No Dia do Jornalista, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas reafirmam sua defesa da regulamentação da profissão, lembrando que a lei em vigor no Brasil precisa ser aperfeiçoada. Além da manutenção da exigência da formação de ní­vel superior para o exercí­cio do jornalismo, defendemos a criação do Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ) que, a exemplo dos demais conselhos profissionais existentes no Brasil, deve garantir à categoria a auto-regulamentação de sua profissão.

A proposta de criação do CFJ foi covardemente derrotada sem nenhum debate na Câmara dos Deputados, em 15 de dezembro de 2004, mas continua sendo uma prioridade no movimento nacional dos jornalistas. O CFJ será o mais importante instrumento de valorização profissional e também, um valioso mecanismo para o aperfeiçoamento da prática jornalí­stica. Será o órgão de defesa dos jornalistas e o fórum no qual as questões éticas do exercí­cio do jornalismo serão discutidas e consensuadas. Portanto, a regulamentação da profissão, aperfeiçoada com a criação do CFJ, interessa aos jornalistas e também a toda a sociedade. O bem protegido é a informação, objeto da atividade do jornalista, mas, acima de tudo, um bem social.

Para que, de fato, a informação seja tratada como um bem social - e não como uma mercadoria ou como moeda de barganha nas negociações dos mais diversos interesses alheios ou, o que é ainda mais grave, contrários ao interesse público -, a profissão de jornalista precisa ser valorizada e fortalecida.


FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicatos de Jornalistas
7 de abril de 2005 - dia do jornalista brasileiro

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